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sexta-feira, 27 de abril de 2012

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Resenha: OS VINGADORES

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OS VINGADORES (The Avengers, EUA, 2012)
Gênero: Ficção Científica
Duração: 136 min.
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson, Jeremy Renner, Stellan Skarsgård, Cobie Smulders, Gwyneth Paltrow, Tom Hiddleston
Trilha Sonora: Alan Silvestri
Roteiro: Joss Whedon
Direção: Joss Whedon

E finalmente chega aos cinemas o mais aguardado blockbuster dos últimos anos. Talvez por ser tão aguardado, OS VINGADORES (THE AVENGERS, 2012) pode causar certo desapontamento. Afinal, muitos leitores de quadrinhos na faixa dos 20 e 30 anos sempre sonharam em ver a “materialização” dos Vingadores numa produção caprichada para o cinema. Se pensarmos que, no passado, o que havia daMarvel eram os desenhos animados do Homem-Aranha, os desenhos “desanimados” do Thor, do Homem de Ferro e do Capitão América e o seriado do Hulk, até que houve um crescimento progressivo e qualitativo no número de adaptações de filmes baseados em personagens da Marvel. Nos últimos anos, então, não houve um sequer que não tivesse pelo menos um longa baseado em um herói da “Casa das Ideias”.

Com a criação da Marvel Studios e com o ambicioso projeto de construir no cinema um universo Marvel semelhante ao dos quadrinhos e que teria como culminação o filme dos “heróis mais poderosos da Terra”, a ansiedade era generalizada entre os fãs. A contrataçãode Joss Whedon, querido em mídias diversas como os quadrinhos, com “OsSurpreendentes X-Men”; a televisão, com BUFFY, A CAÇA-VAMPIROS (1997-2003) e FIREFLY (2002-2003); e no cinema com SERENITY – A LUTA PELO AMANHà(2005), foi do agrado de todos. O problema do filme é a preocupação em amarrar todas as pontas dos anteriores e dar espaço mais ou menos igual para todos os Vingadores. Com isso, a história ficou comprometida.

Aliás, nem dá para dizer que o filme tem uma história. A fragilidadedo roteiro é um pouco compensada com os bons diálogos de Whedon, mas ainda assim não se mostra interessante ou inteligente o suficiente para fazer o filme empolgar. Tanto que os momentos mais emocionantes acontecem justamente perto do final, quando todos os Vingadores estão reunidos de fato e começa a batalha para defender a Terra de Loki e dos alienígenas. Antes disso, o público pode se divertir com as brigas entre os próprios integrantes do grupo, que serve um pouco para delimitar o grau de poder de cada um. Algumas cenas parecem forçadas para que diálogos bons aconteçam. Como quando Loki diz que tem um grande exército e Tony Stark diz: “nós temos um Hulk”.

E falando em Hulk, a boa surpresa é que ele acaba sendo não só o grande trunfo dos Vingadores, mas o grande trunfo do filme em si. Afinal, as cenas mais aplaudidas pelo público são as que envolvem o Golias Esmeralda. E é muito bom ver a reação entusiasmada da plateia nesses momentos. Chega aarrepiar, inclusive. Dos três atores que interpretaram Bruce Banner, talvez Mark Ruffalo tenha sido a melhor das escolhas, ainda que eu, particularmente, tenha gostado das duas aventuras do Hulk, inclusive o geralmente odiado filme de Ang Lee. O novo Bruce Banner segue uma tendência atual dos quadrinhos da Marvel, que é ser menos trágico e mais bem humorado. Para o bem e para o mal.

Assim, OS VINGADORES pode ser visto como um bom e barulhento filme de ação com heróis já mitológicos e outros que o novo público deve passar a gostar, caso de Viúva Negra e Gavião Arqueiro. O bom é que há toda uma série de possibilidades para que a franquia só melhore nas continuações, com mudanças que seriam bem-vindas na equipe (uma Feiticeira Escarlate, um Hank Pym, um Visão e uma Vespa fariam a festa de muitos) alargando as chances de os roteiristas ficarem livres para criar histórias mais envolventes e criativas, agora que o núcleo-base está formado.

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