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segunda-feira, 2 de abril de 2012

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Resenha: Se enlouquecer não se apaixone







É bem bacana quando as pessoas te indicam filmes pelos quais você não dá nada, mas acaba, por fim, se surpreendendo. Faz dois meses, se não me engano, que venho protelando o assistir de Se enlouquecer não se apaixone. Motivo? Uma proposta piegas demais com atores de produções piegas demais. O que esperar de uma história onde um adolescente tímido e sem sal que tem problemas com a família, seus amigos e, claro, uma garota, vai parar na ala psiquiátrica de um hospital com pessoas que o farão ver a vida por outro ângulo e uma jovem legal e diferente? Se isso não bastou, saiba que Emma Roberts ( conhecida pela série da Nickelodeon Normal demais e outros filmes comédia romântica adolescente ), Keir Gilchrist ( conhecido por uma série do Disney Channel ) e Zach Galifianakis ( famoso ator de comédia que conquistou muitos espectadores com Se beber não case e sua sequência – os quais, inclusive, influenciaram o título nacional do filme – no original, chama-se It’s kind of a funny story – É uma história um tanto engraçada, em tradução livre -, o qual tenta chamar a atenção dos fãs da franquia e do ator ) estão no elenco principal. Sim, o filme é clichê em vários pontos e aborda alguns temas que eu previa desde a sinopse. Mas vale a pena e consegue ser original mesmo batendo numa tecla talvez já gasta. É divertido e com um nível de reflexão mínimo para você acabar com um sorriso bobo nos créditos – um sorriso não resultante das piadas.
Craig vem pensando em suicídio com as várias pressões que só a vida adolescente pode lhe proporcionar. Visando uma melhora rápida para logo pode retornar ao “normal”, ele procura um hospital a fim de se internar. O médico reluta, mas acaba cedendo, transferindo o jovem para a ala psiquiátrica, onde ele conhece muita gente doida e estranha, com as quais ele vai ter que conviver por no mínimo 5 dias. O filme mostra a rotina dos pacientes nesse lugar, um pouco dos problemas individuais de cada um ao redor do protagonista e vários flashbacks dos momentos tensos, felizes ou marcantes do rapaz. A direção é bem original. Vários efeitos são adicionados à gravação – de filme antigo, de desenho -, a câmara para, como em pause, e a narração surge de fundo em certos momentos, e muitas vezes os acontecimentos são exibidos de um modo peculiar, como se fossem retirados mesmo da cabeça do personagem. Esses detalhes tornam a produção bem interessante, além de sua história que vai cativando o espectador pouco a pouco.


Achei meio forçada a mensagem de que temos todos um pouco de loucura dentro de nós, mas o filme explora, por outro lado, que é muito importante vermos além da superfície dos que conhecemos. Não só com os meio pirados, nos quais temos de ver as qualidades por trás do estranhamento, mas também com os normais, nos quais a loucura ou a incoerência estão sempre escondidas.



Os colegas de hospital se reúnem na imaginação do Craig para cantar “Under Pressure”. Uma cena impagável!
Está aí uma comédia romântica/dramática para se aproveitar no tempo livre. Não é aquilo tudo que certos filmes nos proporcionam. Contudo, mescla muito bem um tantinho de reflexão com diversão descomprometida. Um tempero bem dosado para domingos.

O filme foi lançado aqui no Brasil direto no DVD. Não sei se é esse o motivo de eu não conseguir encontrar por nada um trailer legendado. Mas segue o vídeo sem legenda abaixo, de qualquer forma.
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