Não há como escapar: trânsito de tirar a paciência de qualquer cristão no final das tardes de sexta ou nos domingos de manhã, praias lotadas, filas em tudo quanto é lugar… sim, são as férias de janeiro, e se você tem filhos pequenos, bom, certamente fará parte da jornada pós-festas de fim de ano e pré-corrida para as compras de material escolar uma passada no cinema para levar os pimpolhos para assistirem algum filme (geralmente de franquia) que entrou em cartaz justamente aproveitando o período de recesso escolar. Foi com essa estratégia que Alvin & Os Esquilos (Alvin and the Chipmunks), que estreou às vésperas do natal de 2007, arrecadou mais de 217 milhões de dólares somente em solo norte americano. As aventuras dos esquilos fofinhos obviamente renderam uma continuação dois anos depois e a franquia agora chega a seu terceiro episódio.
Seguindo a lógica hollywoodiana de que um, se lograr êxito, é pouco, dois, se não der prejuízo, é bom e três é melhor ainda se ainda houver lucro, Alvin & Os Esquilos 3 (Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked EUA/2011) não mexe em time vencedor.Para quê arriscar milhões em bilheteria?
O diretor Mike Mitchell que assinou o divertido Super Escola de Heróis e deu um final indigno à série Shrek em Shrek Para Sempre assumiu a cadeira antes ocupada por Tim Hill e Betty Thomas já com a receita de bolo em mãos: fofuras, gracinhas, canções pop do momento e algumas clássicas na vozinha dos esquilos (o que chega a irritar em algus momentos) e o roteiro, bom, isso é o de menos aqui.
Na trama os esquilos Alvin, Simon e Theodore e as esquiletes Brittany, Eleonor e Jeanette embarcam com seu “pai adotivo” Dave em um cruzeiro e, claro, aprontam todas e a pior os leva a uma ilha deserta onde lutarão pela sobrevivência enquanto Dave luta para achá-los. O roteiro inconsistente é nada mais do que mera plataforma para uma série de gracinhas e fofices que certamente agradarão as crianças entre 7 e 10 anos e entediarão os adultos que entre um cochilo e outro poderão até se divertir com algumas piadas referenciais. O elenco humano pouco acrescenta à trama, serve apenas como escada para as estrelas peludas brilharem.